Nesta tarde quente e chuvosa, dou por mim a recordar a noite mais fresca da minha vida…
Os preliminares
Tudo começou numa loja, ou será que começou antes?! No momento em que a minha excitação extrapolou os limites só de imaginar-me a provocar o meu namorado de forma ordinária…
Está decidido, opto por um corpete cor de cereja, acetinado, que devido ao seu viciante toque levaria qualquer pudico à loucura. A toilette não estaria completa sem a companhia de um cinto de ligas e meias, cuja cor combina na perfeição com o corpete e sapatos altos que usaria na tal noite. Não consegui resistir, nesse mesmo dia mostrei ao meu namorado as compras que tinha feito, no entanto, já a minha mente magicava uma surpresa à altura.
Após um convite para jantar, fui apanhar o meu gajo a casa como faço habitualmente. Trazia uma camisa, tal como eu adoro, e umas calças que lhe realçavam a forma física. Desceu as escadas e entrou no meu carro com a elegância do costume, sem imaginar que não dormiria em casa nessa noite…
O jantar
Não bebemos muito, mas a boa disposição reinava entre nós, parecia adivinhar as surpresas ainda ocultas.
O meu vestido discreto, não deixava adivinhar o traje devasso que guardava no seu interior. Durante um curioso jantar, recordei o prazer que tive ao preparar aquela noite surpresa, desde a marcação do hotel, até ao momento em que quase me masturbei enquanto me vestia! Foi muito prazeroso colocar cuidadosamente todos aqueles acessórios, sabendo que em algum instante naquela noite, todos eles seriam arrancados do meu corpo, num qualquer momento de loucura.
Após sairmos do restaurante arrastei-o para o hotel situado na serra, cujo espaço exterior estava repleto de locais bastante susceptíveis a sexo. Atravessámos a porta exterior do hotel e nesse momento percebi que o meu querido ficou de facto surpreendido. Foi a primeira vez que vi no seu olhar um misto de surpresa, vergonha e ansiedade, numa explosão de euforia apertou-me contra a mão dele.
No hotel
Chegados ao quarto, convidei-o para um passeio no jardim, foi nessa altura que ele percebeu as minhas intenções…
Iniciada a caminhada, comecei a provocá-lo, toquei subtilmente no seu corpo, rocei-me nele, senti-o excitado. Junto de uma parede do hotel, num local sombrio, aproveitei para começar a come-lo. As estrelas rompiam o céu, e a minha boca molhada estava já a chupar o seu pénis de forma fugaz. Repentinamente, foi a minha vez de quase perder as forças e ir ao chão, ao sentir um prazer desmedido assim que invertemos as posições.
Continuámos o passeio, desta vez fazendo um esforço para repor o fôlego. Encostei-me a um banco de jardim, dobrei o joelho até apoiar o salto agulha do sapato e afastei sensualmente as pernas, deixando a descoberto as ligas pretas que revelavam todo o calor que emanava de dentro de mim. Foi nessa altura que ele desviou as minhas cuecas para um lado e espetou-me, o seu pénis deslizou em mim sem qualquer atrito, eu estava excitada e molhada, no entanto, não fiquei indiferente à primeira penetração da noite, é sempre um misto de sensações, onde uma doce dor se une a um prazer agudo e por alguns segundos se perde a noção de tudo.
Não foi apenas nestes locais que nos devassámos, comemos e esfregamos ao longo da caminhada, no entanto, foi no quarto que se desenrolou outro episódio, no mínimo inesquecível.
O nosso grau de excitação já era soberbo, despi o vestido e aproximei-me do espelho que estava acima de um aparador. Começámos nos amaços e carícias, desta vez em cima de um sofá (frente ao espelho), e fodemos de uma forma excêntrica em que ele me agarrava vigorosamente, enquanto eu me deliciava com a nossa imagem no espelho. Era explícita a forma como ele entrava e saia de dentro de mim, nessa altura já estava louca de prazer.
Seguiu-se o aparador, tenho de realçar aquilo que mais prazer me deu – sexo oral – a forma como fui chupada e lambida foi simplesmente divinal! A sua língua, a sua respiração, os seus lábios e dedos…tudo irrepreensível! Foi nessa altura que comecei a ficar totalmente descontrolada, o corpo tenso, o coração aos saltos, senti aquele subtil alerta indicativo de que está próximo, muito próximo o momento de intenso prazer. Os movimentos de toda a sua boca, estavam mais ritmados, ele descobrira o meu estado de excitação e num ápice dá-se a explosão, aquele sempre ansiado momento em que o corpo relaxa após todos os nossos músculos se terem contraído e contorcido de tanto deleite. Os meus gemidos eram já de total loucura, embora nem tivesse reparado, pois estava envolvida num momento só meu, a usufruir de um orgasmo excepcional.
Muitos mais foram os momentos de prazer nessa noite, realço ainda o facto de parte da minha roupa ter sido arrancada do meu corpo, não consigo igualmente esquecer o momento em que o meu amor, durante um broxe, e enquanto agarrava fortemente a minha cabeça com as duas mãos, num movimento de vai e vem contra o seu corpo, se veio para mim, puxando-me fortemente o cabelo para trás e inundando as minhas mamas e cara, tratando-me como uma puta.
Os nossos corpos exaustos caíram sobre a cama e eu adormeci a sentir no meu ouvido palavras carregadas de ternura.
Na manha seguinte, durante o pequeno-almoço, enquanto líamos descontraidamente o jornal e o sol nos batia na cara, mudamente percebi que este é o homem da minha vida.
Ass.:
A Cereja
